Os adolescentes, na maioria filhos de pescadores e catadores de caranguejo, receberam formação prática e multidisciplinar, com destaque para a conservação e manejo de manguezais e recursos hídricos. “Durante a solenidade de formatura, os agentes ambientais mostram a comunidade tudo que aprenderam através do curso. Eles preparam pequenos seminários temáticos”, explica Hermógenes Sá, coordenador do projeto.
Amanda Rodrigues, de 16 anos, é uma das concluintes do curso de Agentes Ambientais. Ela conta que sua principal descoberta foi com relação a importância de não desperdiçar água. “Hoje, não posso ver água sendo desperdiçada. Me chamam até de chata por causa disso. Saio fechando todas as torneiras”, conta. Ela aprendeu também sobre os tipos de mangues e como preservá-los. As raízes do mangue servem de berçário para várias espécies e a poluição do lixo poderia extinguir plantas e também seres marinhos.
Amanda e seus colegas de curso vivem em uma região rica em manguezais, na Reserva Extrativista Mãe Grande Curuçá, que tem cerca de 37 mil hectares. Apesar das leis que protegem o mangue, o principal impacto é o grande volume de lixo lançado neste ecossistema. Segundo Amanda, depois de fazer o curso a atitude muda. “Agora todo mundo sabe que não devemos jogar lixo no mangue, sabemos o porquê, e explicamos para as outras pessoas”, afirma. Ela conta que descobriu sua vocação profissional no curso. “Quero ser bióloga”, revela.
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